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Tire suas dúvidas sobre LER (Lesão por Esforço Repetitivo)

Lesão por Esforço Repetitivo (LER) não é uma doença específica. O termo envolve uma série de patologias ocasionadas por movimentos que tendem a desgastar, lesionar e causar danos ao sistema músculo-esquelético. As doenças mais frequentes causadas por LER são a tendinite, sinovite e a tenossinovite. A LER pode ser considerada uma doença ocupacional, ou seja, provocada por atividades profissionais. Essa síndrome pode também ter outras nomenclaturas entre elas: Distúrbio Osteomuscular Relacionado ao Trabalho – DORT; Lesão por Trauma Cumulativo- LTC; Afecções Musculares Relacionadas ao Trabalho- AMERT. Essas denominações deixam explícita a relação das doenças com as atividades laborais, fato que, deve orientar a conduta profissional e a prevenção para essas possíveis patologias. Com a modificação das atividades profissionais no decorrer do tempo, a LER também sofre transformações de público e áreas atingidas pelas doenças correlacionadas. Lesões nas mãos e braços em motoristas que passam horas no trânsito e em atividades de escrita que exigem digitação intensa durante o dia como bancários e funcionários de repartições públicas são frequentes na atualidade. Trabalhadores da indústria, costureiras, cabeleireiros e auxiliares de limpeza também são exemplos de grupos que têm grande incidência em LER. Principais Patologias Sinovite Sinovite é a inflamação da membrana sinovial,  tecido que reveste a parte interna das articulações. Os esforços repetitivos podem causar essa inflamação. A membrana sinovial, responsável por produzir o líquido sinovial, fica mais espessa e surgem mais vasos sanguíneos, esse episódio causa sangramento dentro da articulação. Os principais  sintomas são: Dificuldade em movimentar a articulação e o membro afetado devido a dor ou inchaço; Aumento da temperatura na articulação, que pode ser sentida pelo toque; Local pode ficar mais avermelhado. O tratamento para a sinovite depende do grau da doença e da articulação afetada. A primeira opção é o repouso da articulação. Outros protocolos podem indicar o uso de antiinflamatórios, analgésicos, punção do líquido sinovial, fisioterapia e, em casos mais extremos, procedimentos cirúrgicos como a artroscopia. Tendinite O tendão é a estrutura que liga os ossos aos músculos. A inflamação no tendão chamada tendinite pode ser causada por vários fatores, entre eles esforço ou movimentos repetitivos comuns em atletas e em algumas atividades laborais. Os principais sintomas da tendinite são: Dor localizada ao mover o membro ou articulação com possível irradiação para os músculos da região em volta do tendão; Dor em forma de pontada, acompanhada por uma sensação de que o tendão está estalando ou rangendo à medida que se move; Dificuldade de movimentos  como elevar os braços acima da cabeça, segurar objetos; Inchaço ou vermelhidão devido a inflamação, dilatação dos vasos sanguíneos e acúmulo de líquidos nos músculos em volta do tendão; Diminuição da força da região afetada, devido a atrofia dos músculos em volta do tendão. Isso dificulta as tarefas cotidianas como subir escadas, pegar objetos e até tomar banho. O tratamento para a tendinite pode ter em seu protocolo, o uso de remédios analgésicos e anti-inflamatórios, fisioterapia ou em casos mais extremos com atrofia muscular severa ou ruptura do tendão, procedimentos cirúrgicos. O repouso é fundamental para o restabelecimento Tenossinovite A inflamação de um tendão e do tecido que recobre um grupo de tendões, chamada bainha tendinosa, é  denominada tenossinovite.  Essas Inflamações são bastante comuns nos ombros, mãos, joelhos, pés e cotovelos. E também tem grande incidência por LER. Os sintomas mais frequentes  de uma tenossinovite podem ser: Dificuldade para movimentar uma articulação; Dor no tendão e vermelhidão na pele sobre o tendão afetado; Fraqueza  muscular. Os tratamentos em geral incluem repouso visando diminuir a causa da inflamação, analgésicos e antiinflamatórios, fisioterapia, alongamentos, massagens, ultrassom, injeções de corticoides e até cirurgias. Dores Lombares Dores lombares provocadas por trabalhos intensos e postura inadequada podem danificar a musculatura e causar danos à coluna. Esse tipo de problema pode afetar praticamente todas as categorias profissionais. A LER não faz distinção de sexo, idade ou hierarquia empresarial Prevenção   A ergonomia é uma ciência que tem como objeto de estudo o equilíbrio entre o homem, a máquina e as condições adequadas de trabalho. Os cuidados ergonômicos são fundamentais e mostraram-se eficientes na prevenção da LER. Atitudes como manter as costas eretas, ombros relaxados e punhos retos fazem toda a diferença em um trabalho no escritório, por exemplo. Não esquecendo de fazer pausas e alongamentos; O ambiente de trabalho deve ser adequado a sua altura, peso e ramo de atividade profissional. A cadeira ou banco tem que ser o ideal para evitar problemas futuros; A postura ao estudar, jogar vídeo-game ou ficar horas no computador também deve ser observada e corrigida com frequência. (Fonte: H. Santa Teresa)

Desvio na coluna: o que é, tipos e tratamento

Desvio na coluna: o que é, tipos e tratamento Os principais desvios de coluna são a hipercifose, hiperlordose e a escoliose que nem sempre são graves, precisando de tratamento porque em certos casos estes desvios são leves e não trazem grandes consequências para o indivíduo. O desvio na coluna pode não apresentar nenhum sintoma ou causar dor em certos momentos. A coluna vertebral possui 33 vértebras, sendo 7 cervicais, 12 torácicas, 5 lombares, 5 sacrais e 4 que formam o cóccix. Quando vista de lado, a coluna saudável possui curvas suaves, na região do tórax e no final das costas. Quando vista de costas a coluna deve estar exatamente no meio das costas, mas quando as vértebras estão desalinhadas pode-se observar então, a escoliose. Quando vista de frente apesar de não se poder ver a coluna é possível observar as alterações que os desvios na coluna provocam: desnível dos ombros e/ou do quadril. 1. Hipercifose A hipercifose acontece quando as vértebras da coluna torácica curvam-se para trás, formando uma aparência ‘corcunda’, com os ombros caídos à frente. Esse desvio é mais comum em pessoas mais velhas, tendo também uma relação próxima com a osteoporose nos ossos da coluna. Como tratar: É recomendado realizar exercícios corretivos, que fortalecem os músculos das costas, e alongam o peitoral maior e menor, além de posicionar melhor a cabeça. O Pilates clínico e os exercícios de RPG – reeducação postural global, são muito indicados, alcançando ótimos resultados. O uso de colete para postura normalmente não são uma boa opção, porque não fortalecem, nem alongam os músculos envolvidos na causa da hipercifose. Certos fatores que favorecem a formação da hipercifose em crianças e adultos são a baixa auto-estima, cansaço, falta de motivação, que tem ligação direta com a postura do corpo.  Se desejar saber mais detalhes sobre a cifose, veja aqui. Nos casos mais graves, quando o bebê já nasce com esta alteração, ou quando a curva é muito pronunciada o médico ortopedista pode indicar a necessidade de realizar uma cirurgia para ajudar a corrigir a coluna vertebral, no entanto, como forma complementar desse tratamento, ainda é indicado o uso de coletes ortopédicos e sessões de fisioterapia por longos períodos. 2. Hiperlordose A hiperlordose acontece quando as vértebras da coluna lombar curvam-se para frente, formando uma aparência de ‘bumbum arrebitado’. Esse desvio pode ser notado desde a infância e adolescência, e pode estar relacionado com outras alterações como abdômen protruso, que é mais globoso, devido a fraqueza dos músculos abdominais, e pé plano, embora nem sempre todas estas alterações estejam presentes ao mesmo tempo. O diagnóstico pode ser somente ao observar o indivíduo de lado, observando-se o aumento da curvatura lordótica. Como tratar: O tratamento mais indicado é através de exercícios corretivos, sendo importante fortalecer o abdômen, a alongar a lombar. A manipulação da coluna vertebral pode ser realizada pelo fisioterapeuta, contribuindo para correção da curvatura. Os exercícios que podem ser realizados em solo como no Pilates com ou sem equipamentos, ou na água, no caso da hidroterapia ou hidro Pilates são uma ótima opção para melhorar a postura global e corrigir a curvatura da coluna. Mobilização da coluna e exercícios de reeducação postural global – RPG – também podem fazer parte do tratamento. 3. Escoliose A escoliose acontece quando as vértebras da coluna torácica, e/ou encontram-se desviadas lateralmente, rodadas, formando um C ou S, o que pode afetar a cervical, dorsal, e/ou lombar. Essa alteração pode ser grave quando afeta bebês e crianças, e pode haver necessidade de realizar cirurgia. Como tratar: Quando a curvatura é muito grave, o médico pode recomendar que se faça cirurgia, que não invalida a necessidade de complementar o tratamento através da fisioterapia, exercícios de fortalecimento, manipulação das articulações da coluna, Pilates clínico, RPG. Em muitos casos é possível curar a escoliose, principalmente quando esta é leve e não tem graves consequências para saúde do indivíduo. Saiba mais detalhes do tratamento para escoliose. Quando o desvio na coluna é perigoso Um pequeno desvio na coluna não é grave e pode ter como consequência apenas a dor nas costas em determinados momentos, como ao permanecer muito tempo de pé ou sentado. No entanto, nos casos mais graves, quando o desvio na coluna é grave e pode ser observado à olho nu, o indivíduo pode apresentar intensa dor nas costas, parestesia, quando os nervos estão afetados, o que dá origem a sintomas como fraqueza muscular, formigamento ou queimação. Essas pessoas tem maiores chances de desenvolver hérnia de disco e bicos de papagaio, apresentando intenso desconforto. Quando é preciso tratar  É sempre recomendado tratar os desvios na coluna que são graves, e podem ser vistos à olho nu, somente pela observação do corpo num espelho. Fazer fisioterapia através de exercícios corretivos, praticar certos esportes como natação e ginástica pode ajudar a criança ou adolescente a corrigir sua postura e ‘centralizar’ a coluna. Também é recomendado tratar se estiverem presentes sintomas como dor, desconforto, rigidez, falta de alongamento e baixa auto-estima ou dificuldade de aceitação. Normalmente a cirurgia para corrigir os desvios na coluna são o último recurso, quando não há melhora do quadro com outros meios, como exercícios, tração e fisioterapia, ou quando o desvio na coluna é muito grande, estando presente no bebê ou na criança, e melhores resultados cirúrgicos são observados quando a cirurgia é realizada durante a fase de crescimento. O que causa o desvio na coluna vertebral Nem sempre os desvios na coluna tem sua causa esclarecida, mas podem acontecer devido a alterações posturais ou doenças graves. Estes desvios podem causar sintomas como dor nas costas, rigidez na coluna, e quando os nervos são afetados podem surgir sintomas de formigamento nos braços, mãos e dedos, ou pernas, pés e dedos. O tratamento nem sempre é necessário, ficando à critério médico. Podem ser recomendados analgésicos para alívio dos sintomas, sessões de fisioterapia, exercícios específicos para fazer em casa, uso de coletes ortopédicos, e nos casos mais graves, pode ser recomendada a cirurgia, principalmente quando há grandes desvios na coluna desde a infância.   (Fonte: Tua Saúde)

Como tratar a dor no joelho após a corrida

Para tratar a dor no joelho após a corrida pode ser necessário passar uma pomada anti-inflamatória, como ​Diclofenaco ou Ibuprofeno, aplicar compressas frias ou, se necessário, substituir os treinos de corrida por uma caminhada até a dor diminuir. Geralmente, a dor no joelho é um sintoma que pode aparecer devido à Síndrome do Atrito da Banda Iliotibial, conhecido por SABI, que é acontece mais frequentemente em pessoas que correm todos os dias e é caracterizada por dor na parte lateral do joelho. No entanto, a dor após a corrida também pode surgir devido a problemas como desgaste da articulação ou tendinite e, quando a dor não desaparece ao final de uma semana ou aumenta progressivamente é aconselhado parar de correr e procurar um ortopedista ou fisioterapeuta para identificar a causa da dor no joelho, podendo ser necessário realizar exames de diagnóstico, como raio-x ou tomografia computadorizada. Assim, algumas estratégias que podem ajudar a aliviar a dor depois da corrida incluem:   1. Usar o rolo de auto massagem O rolo de espuma para auto massagem, também conhecido como foam roller, é excelente para combater as dores nos joelhos, panturrilha, quadríceps e costas. Você só precisa colocar o rolo no chão e deixar que ele deslize sobre a área dolorida durante 5 a 10 minutos. O ideal é ter um rolo grande, com cerca de 30 cm que seja bem firme para poder suportar o peso do seu corpo, já que você terá que ficar com  o peso do corpo em cima do rolo. 2. Usar gelo no joelho No caso de surgir dor após uma corrida, pode-se aplicar uma compressa fria ou gelo no joelho, principalmente quando ele está inchado e vermelho, já que ajuda a diminuir a dor e a inflamação. Nestes casos, é necessário que o gelo atue durante cerca de 15 minutos, aplicando pelo menos 2 vezes ao dia, sendo que uma das aplicações deve ser logo depois da corrida. Também é importante colocar um pano fino por baixo do gelo para evitar queimadura da pele, que pode ser um saco de legumes congelados, cubos de gelo da geladeira ou sacos específicos de água fria que se pode comprar na farmácia. Além disso, depois de aplicar o gelo, pode-se fazer uma pequena massagem no joelho, movimentando o osso redondo do joelho de um lado para o outro durante 3 a 5 minutos. 3. Usar tênis de corrida É importante usar tênis apropriado para corrida sempre que for treinar porque eles acomodam melhor o pé e diminuem a probabilidade de lesões. Fora dos treinos deve-se usar sapatos confortáveis e que permitam apoiar bem os pés, devendo, por isso, ter uma sola de borracha com no máximo 2,5 cm. Além disso, se possível, deve-se optar por correr em estradas de terra, porque o impacto para os joelhos é menor.   4. Usar tensor no joelho Geralmente, colocar uma faixa elástica no joelho durante todo o dia ajuda a imobilizá-lo e diminui a dor, pois o tensor promove a sensação de aperto e de conforto. Além disso, correr com o joelho enfaixado pode diminuir a dor.   5. Fazer alongamentos leves 2 vezes ao dia Quando a dor surge no joelho durante a corrida ou logo após terminar deve-se alongar suavemente, dobrando a perna para trás e segurando com uma mão ou sentar numa cadeira com os dois pés no chão e esticar, lentamente, a perna com o joelho afetado, cerca de 10 vezes, repetindo por 3 séries.   6. Tomar analgésico e anti-inflamatórios A dor no joelho após a corrida, pode diminuir depois de tomar um analgésico, como Paracetamol, ou aplicar uma pomada anti-inflamatória, como Cataflan de 8 em 8 horas. No entanto, o seu uso só deve ser feito após indicação do médico ou ortopedista. Além disso, em alguns casos, como lesão dos ligamentos, pode ser necessário fazer cirurgia ao joelho, para colocar uma prótese, por exemplo. 7. Comer alimentos anti-inflamatórios diariamente Alguns alimentos que podem ajudar a recuperar da dor após uma corrida incluem alho, atum, gengibre, cúrcuma, salmão, sementes de chia, gotas de óleo essencial de sálvia ou alecrim, porque têm propriedades anti-inflamatórias. 8. Descansar Quando a dor no joelho é forte depois de fazer uma corrida, deve-se evitar fazer esforços intensos, como não pular, pedalar ou caminhar rápido para não aumentar a dor e agravar o problema. Para ajudar a aliviar a dor depois da corrida, pode-se deitar-se em um sofá ou cama e apoiar os pés, colocando uma almofada por baixo dos joelhos, pois o repouso de pelo menos 20 minutos ajuda a diminuir o inchaço e a inflamação.   (Fonte: Tua Saúde)

Hérnia de disco é mais comuns em homens

Dores, fisgadas e falta de força nos membros. Esses são alguns dos sintomas causados pela hérnia de disco, doença que atinge de 2 a 3% da população no Brasil, sendo mais frequente em homens acima de 35 anos. O problema ocorre devido à ruptura do disco que fica no tecido cartilaginoso entre os ossos da coluna. O disco é formado por uma parte fibrosa e outra mais gelatinosa: com a ruptura da parte fibrosa, a parte gelatinosa extravasa, e comprime os nervos, o que pode causar dor. Na maioria dos casos, o incômodo se manifesta na região lombar ou cervical. Ele também pode ocorrer na área torácica, embora seja menos comum por ser uma parte do corpo com menos movimentação e pressão, como explica Luciano Miller, ortopedista e especialista em coluna pelo Hospital Israelita Albert Einstein. Entre as causas do problema estão hábitos de vida não saudáveis, como obesidade, tabagismo, má postura e a prática de atividades físicas sem repouso. Fatores genéticos também podem favorecer o aparecimento do problema. Ações pontuais, como um simples levantamento de peso em excesso, também aumentam o risco de hérnia de disco. A ortopedista Ana Paula Simões, presidente da SPAMDE (Sociedade Paulista de Medicina Desportiva), destaca ainda que o envelhecimento também favorece o surgimento da condição. “Ocorre perda de flexibilidade e o disco vai tendo uma degeneração.”. Mulheres grávidas também estão entre os grupos mais afetados pela hérnia de disco – o peso da barriga provoca uma sobrecarga das costas.   (Fonte: Veja)

OLIMPÍADAS: Incidência de lesões é de quase uma por jogo, segundo estatísticas

Os Jogos Olímpicos, que iniciarão em 23 de julho, representam o maior evento esportivo do mundo, envolvendo diversas modalidades. Durante a sua realização, presenciamos os extremos das vitórias com medalhas e das derrotas – muitas vezes ocasionadas por lesões. Nas últimas Olimpíadas, no Rio de Janeiro, em 2016, cerca de 10% dos esportistas que participaram dos Jogos foram obrigados a abandonar a competição por conta de lesão, de acordo com levantamento feito por um grupo de especialistas convocado pelo Comitê Olímpico Internacional. Ainda naquela ocasião, um grande estudo internacional foi realizado com os atletas de alto nível das mais diversas modalidades do esporte. Publicado na revista Radiology, o resultado da pesquisa apontou 1.101 lesões, seja muscular ou óssea, diagnosticadas entre os 11,2 mil atletas, de 206 países. Os esportes que mais ocasionaram lesões musculares foram atletismo, futebol e levantamento de peso, enquanto ferimentos por estresse foram mais comuns no atletismo, vôlei, ginástica artística e esgrima. Já as fraturas foram mais identificadas no atletismo, hóquei na grama e ciclismo. “As estatísticas apontam que a incidência de lesões durante os jogos olímpicos é de quase uma lesão por jogo, o que reforça a importância deste tema”, salienta o presidente da ABTPé (Associação Brasileira de Medicina e Cirurgia do Tornozelo e Pé), José Antônio Veiga Sanhudo. “A derrota, por si só, é muito frustrante, mas quando acompanhada da dor de uma lesão, é ainda mais sofrida. A preparação para uma olimpíada envolve muitos meses de foco e treinamento extenuante e quando se é impedido de continuar competindo por uma lesão, a dor emocional é maior do que a provocada pela lesão”, fala o especialista. “Habitualmente, o atleta treina no extremo de sua capacidade física para obter o desempenho máximo, percorrendo a linha tênue que divide o seu recorde de uma lesão”, completa. O presidente da ABTPé explica que, na maioria dos casos, as lesões ocorrem por contato físico com outro atleta e, aproximadamente metade dos casos, envolvem os membros inferiores. “Nas modalidades sem contato, habitualmente as lesões ocorrem quando o esforço físico supera a preparação, e isso não quer dizer que a preparação foi insuficiente. Acontece que o espírito olímpico leva a um grau de motivação capaz de conquistar medalhas de ouro, mas também suficiente para provocar lesões – muitas vezes graves e determinantes na carreira de um atleta”, pontua o médico. Entre as lesões mais comuns estão as do Tendão Calcâneo – também chamado de tendão de Aquiles, e fratura no tornozelo. “Em poucos dias começam os Jogos Olímpicos 2021 e, certamente, iremos testemunhar momentos fantásticos de superação e vitórias, mas também de derrotas pela superioridade do adversário; de resignação por lesões e de persistência para levantar e seguir em frente, iniciando a reabilitação e o treinamento para um evento que só irá acontecer novamente dali a quatro anos com foco permanente na almejada conquista”, conclui Dr. Sanhudo.   (Fonte: Jornal do Oeste)

Entenda o erro de quem treina e mesmo assim sente o ombro fraco e instável

Você sabia que a dor no ombro corresponde a até 27% dos incômodos relatados pela população? Para falarmos sobre sua importância na rotina, basta pensar em quais momentos do dia você precisa movimentar o ombro. Com certeza, você pensou em momentos que vão desde se trocar pela manhã, lavar os cabelos, cozinhar… Sim, o ombro é uma parte do corpo que usamos para praticamente tudo e a limitação em fazer os seus movimentos atrapalha a rotina de forma considerável, impedindo tarefas simples do dia a dia. O ombro é uma das articulações mais móveis do corpo humano. Para se ter ideia, é onde 45% dos casos de luxação ocorrem, sendo que há ainda os casos de subluxação, e há quem sinta de forma recorrente que o ombro é instável “solto, frouxo”. E, se esse for seu caso, mais um motivo da importância em garantir sua estabilidade. Pense que para se ter a estabilidade, as estruturas responsáveis pela articulação do ombro como os ligamentos, a cavidade glenoidal, a cápsula articular, a cabeça do úmero devem estar íntegras. Além, é claro, da musculatura em torno do ombro trabalhando sempre de forma harmônica para garantir a segurança da articulação. Por que sinto o meu ombro “solto e instável” quando movimento? Já falei que o ombro é considerada a articulação mais instável do corpo humano e, por isso, a musculatura faz sua vez como protetora e estabilizadora. De forma geral, grande parte das pessoas apresentam essa instabilidade de ombro por enfraquecimento da musculatura que mantém o posicionamento adequado da articulação. Há também quem apresente essa instabilidade por características como frouxidão dos ligamentos, idade e histórico de trauma e lesão em alguma das estruturas do ombro. Vale também falar sobre quem realiza atividades com movimentação repetitiva —por exemplo, se na rotina você fica continuamente tendo que pegar e sustentar uma caixa acima da linha dos ombros ou até se todos os dias você abre um armário para retirar algo pesado de forma recorrente, você está gerando sobrecargas na articulação que podem, sim, lesionar a longo prazo. E não é apenas nesses momentos que estamos mais no automático do dia a dia que as lesões podem ocorrer. É bastante comum as lesões ocorrerem com quem treina errado, abusa da carga e realiza movimentos errados sem orientação adequada. (Fonte: Uol)

Implante na medula pode reduzir dores nas costas

Um novo tipo de implante na medula espinhal pode revolucionar o tratamento de dores crônicas nas costas para pacientes que não contem resultados satisfatórios com medicação. O dispositivo eletrônico inflável funciona como um estimulador da medula espinhal (SCS) e envia pequenas descargas elétricas para estimular a coluna. Basicamente, os impulsos elétricos ajudam a disfarçar a dor, já que cobrem os sinais enviados para o cérebro, fazendo com que o paciente deixe de sentir o incomodo. No entanto, os métodos atuais são altamente invasivos, já que dependem de eletrodos e um gerador de pulso. Medula e dores nas costas A nova técnica, no entanto, desenvolvida por pesquisadores da Universidade de Cambridge, no Reino Unido, promete conseguir fazer isso de uma forma muito menos invasiva, com uma cirurgia simples, já que uma agulha pode ser usada para inserir o eletrodo, que aumenta de tamanho dentro do corpo graças a uma técnica de infligem. O que acontece é que eletrodos grandes para serem inseridos na medula e evitarem dores nas costas exigem uma cirurgia muito complexa. Existem então os eletrodos pequenos, que podem ser colocados por meio de agulhas, mas como possuem um tamanho reduzido não conseguem um efeito tão satisfatório. O novo método une as duas coisas. “Os eletrônicos de filme fino não são novos, mas a incorporação de câmaras de fluido é o que torna nosso dispositivo único – isso permite que ele seja inflado em um formato do tipo pá uma vez dentro do paciente”, explicou o engenheiro Christopher Proctor, da Universidade de Cambridge. “A estimulação da medula espinhal é um tratamento de último recurso, para aqueles cuja dor se tornou tão forte que os impede de realizar as atividades diárias”, completa o neurocientista clínico Damiano Barone, da Universidade de Cambridge. Os cientistas acreditam que o implante na medula vai conseguir aliviar dores nas costas sem a necessidade de uma cirurgia invasiva, podendo mudar a vida de muitos pacientes. “Prevemos um dispositivo que poderia cobrir uma área muito maior, mantendo uma pequena pegada de inserção, oferecendo um novo paradigma para interfaces do sistema nervoso central”, explica um trecho da pesquisa publicada. (Fonte: Olhar Digital)

Quando não tratada, escoliose pode comprometer órgãos vitais

Com o objetivo de destacar a necessidade crescente de educação, detecção precoce e conscientização do público sobre a escoliose e sua prevalência na comunidade, a Scoliosis Research Society (SRS) criou o movimento Junho Verde. No mundo, a escoliose afeta 20% da população, sendo mais comum em adolescentes e crianças, principalmente na fase de crescimento, com maior incidência entre as mulheres. Segundo a educadora física, especializada em coluna, Liciana Rossi, quando a escoliose não é tratada corretamente, pode causar desconfortos e e dores musculares. “A escoliose é um desalinhamento na coluna que precisa ser tratado pois pode atingir estruturas ósseas e causar dores musculares, desconforto e podendo comprometer a respiração e órgãos vitais. Portanto, o quanto antes for detectada, maior a chance de êxito no tratamento”, afirma a especialista. O estudante Danilo Alves, de 19 anos, foi diagnosticado com escoliose de grau leve em 2016 e começou a fazer tratamentos corretivos para não agravar a deformidade. “Descobri a escoliose há cinco anos e comecei a praticar pilates na época. Atualmente eu faço treinamento funcional acompanhado de um fisioterapeuta”, comenta Danilo, ao lembrar que as dores na coluna e o desconforto muscular são constantes. A escoliose também pode se manifestar em adultos, como é o caso da Márcia Araujo, de 48 anos, que foi diagnosticada na infância, assim como sua mãe e sua avó. “No meu caso a escoliose foi hereditária, então desde criança eu busco tratamentos como fisioterapia, treinamentos corretivos, quiropraxia e natação.”, afirma Márcia. CUIDADOS Segundo Liciana Rossi, os pais devem ficar atentos e chamar a atenção para a postura da criança, principalmente se ela passa muito tempo no celular ou outros aparelhos eletrônicos. “ A especialista alerta sobre os cuidados para manter a postura e o fortalecimento dos músculos para evitar problemas mais graves. “A melhor forma de tratar a escoliose é se manter em movimento. A inatividade pode causar mal-estar e desconforto. O ideal é buscar um treinamento corretivo para fazer as adaptações necessárias e corrigir o desnivelamento da coluna e, se necessário, procurar um médico ou fisioterapeuta para realizar tratamentos”, conclui.

Especialistas da Ortocenter são voluntários em mutirão da escoliose

Desde as 7h desta terça-feira (15), o Ambulatório Integrado do Hospital Getúlio Vargas (HGV) é palco da Ação social do Projeto Mude a Curva com atendimento de crianças e adolescentes com deformidade da coluna vertebral. A iniciativa é uma ação integrada da Associação Brazilian Spine Study Group (BSSG), com o apoio da NuVasive, empresa de dispositivos médicos, que conta ainda com a participação de profissionais voluntários, dentre ortopedistas, anestesistas e eletrofisiologistas. Durante todo o dia, será realizado o cadastramento dos pacientes que são consultados por especialistas do Piauí e de todo o Brasil. Entre os pacientes, está o jovem E. J. C. S., de 16 anos, que está aguardando há muito tempo por este momento. Sua mãe, Elita Coimbra Gomes Santos, conta que soube da ação por meio da TV e veio em busca de atendimento. “Eu não podia perder a oportunidade do meu filho se consultar com um especialista. Estou realizando meu sonho”, desabafa, aliviada. Para o diretor-geral do HGV, Osvaldo Mendes, esse mutirão é muito importante e vai possibilitar a mudança na vida das crianças e adolescentes. “Essas curvas aumentadas pioram muito a qualidade de vida dessas crianças, dificultam suas atividades diárias, a prática de esporte, a profissão. Essa ação vai possibilitar a correção, melhorando o prognóstico e a qualidade de vida. É um ganho que não tem preço”, explica. No próximo mês de agosto, serão realizadas as cirurgias das crianças e adolescentes que foram previamente selecionadas, nessa terça-feira (15). Os procedimentos serão realizados no HGV e no Hospital Infantil Lucídio Portela (HILP). Estão participando do Projeto, os cirurgiões especialistas em coluna do HGV, Ayrana Aires, Anderson Carvalho, Frederico Leite (Ortocenter), Hugo Sales (Ortocenter), Wilson Rodrigues e Alexandry Carvalho (Ambulatório Lineu Araújo) e os médicos fundadores do grupo BSSG, Carlos Romeiro (Recife-PE), Fernando Herrero (Ribeirão Preto-SP), Ricardo Acácio (Joinville-SC), Murilo Daher (Goiânia-GO), Rodrigo Amaral e Raphael Pratali (São Paulo-SP).   Fonte: Ascom HGV