Com o objetivo de destacar a necessidade crescente de educação, detecção precoce e conscientização do público sobre a escoliose e sua prevalência na comunidade, a Scoliosis Research Society (SRS) criou o movimento Junho Verde.
No mundo, a escoliose afeta 20% da população, sendo mais comum em adolescentes e crianças, principalmente na fase de crescimento, com maior incidência entre as mulheres.
Segundo a educadora física, especializada em coluna, Liciana Rossi, quando a escoliose não é tratada corretamente, pode causar desconfortos e e dores musculares.
“A escoliose é um desalinhamento na coluna que precisa ser tratado pois pode atingir estruturas ósseas e causar dores musculares, desconforto e podendo comprometer a respiração e órgãos vitais. Portanto, o quanto antes for detectada, maior a chance de êxito no tratamento”, afirma a especialista.
O estudante Danilo Alves, de 19 anos, foi diagnosticado com escoliose de grau leve em 2016 e começou a fazer tratamentos corretivos para não agravar a deformidade. “Descobri a escoliose há cinco anos e comecei a praticar pilates na época. Atualmente eu faço treinamento funcional acompanhado de um fisioterapeuta”, comenta Danilo, ao lembrar que as dores na coluna e o desconforto muscular são constantes.
A escoliose também pode se manifestar em adultos, como é o caso da Márcia Araujo, de 48 anos, que foi diagnosticada na infância, assim como sua mãe e sua avó. “No meu caso a escoliose foi hereditária, então desde criança eu busco tratamentos como fisioterapia, treinamentos corretivos, quiropraxia e natação.”, afirma Márcia.
CUIDADOS
Segundo Liciana Rossi, os pais devem ficar atentos e chamar a atenção para a postura da criança, principalmente se ela passa muito tempo no celular ou outros aparelhos eletrônicos. “
A especialista alerta sobre os cuidados para manter a postura e o fortalecimento dos músculos para evitar problemas mais graves.
“A melhor forma de tratar a escoliose é se manter em movimento. A inatividade pode causar mal-estar e desconforto. O ideal é buscar um treinamento corretivo para fazer as adaptações necessárias e corrigir o desnivelamento da coluna e, se necessário, procurar um médico ou fisioterapeuta para realizar tratamentos”, conclui.