Diferença entre síndrome da fadiga crônica e fibromialgia


Entenda as principais diferenças entre síndrome da fadiga crônica e fibromialgia, incluindo sintomas, diagnóstico e tratamento, para facilitar o reconhecimento correto e a busca por ajuda adequada.

Introdução

Um dos ortopedistas da nossa equipe, Dr Mário Felipe, explica. O cansaço persistente, dores no corpo e sono não reparador podem indicar condições além do estresse. A síndrome da fadiga crônica (SFC) e a fibromialgia compartilham sintomas, mas são doenças distintas, com manifestações e abordagens terapêuticas diferentes.

O que é síndrome da fadiga crônica (SFC)?

A SFC, também chamada de encefalomielite miálgica, caracteriza-se por fadiga extrema que não melhora com repouso e piora após esforço físico ou mental, conhecido como mal-estar pós-esforço. Outros sintomas incluem dificuldades cognitivas leves, dores musculares, cefaleia, sono não restaurador e intolerância ortostática. O diagnóstico é clínico, feito por exclusão, com sintomas persistentes por mais de seis meses.

O que é fibromialgia?

A fibromialgia é caracterizada por dor musculoesquelética generalizada, frequentemente acompanhada de pontos dolorosos específicos. Os sintomas incluem fadiga, sono não restaurador, rigidez matinal, formigamento, alterações de humor como ansiedade e depressão, além do chamado “fibro fog”, que são lapsos de memória e dificuldade de concentração. O diagnóstico é baseado na história clínica e na presença de pontos sensíveis.

Principais diferenças

Aspecto Síndrome da fadiga crônica Fibromialgia
Sintoma predominante Fadiga intensa e persistente Dor muscular generalizada
Efeito do esforço Agrava consideravelmente a fadiga Pode intensificar a dor
Sono Não restaurador Não restaurador
Alterações cognitivas Discretas Frequentes e mais marcantes
Diagnóstico Exclusão de outras causas com sintomas acima de 6 meses História clínica e pontos dolorosos específicos

O que une as duas condições?

Ambas fazem parte das síndromes de sensibilização central, com amplificação de sensações como dor, fadiga e disfunções cognitivas. Elas compartilham sintomas como dor corporal, sono não reparador e problemas de concentração. A sobreposição é comum, exigindo avaliação clínica detalhada para diferenciar os quadros e indicar o tratamento mais eficaz.

Diagnóstico e tratamento

Na SFC, não há exames específicos. O diagnóstico é feito por exclusão, considerando a persistência de sintomas por mais de seis meses. O tratamento envolve controle dos sintomas, com técnicas de gerenciamento de energia, psicoterapia e medicação de suporte.

Na fibromialgia, o diagnóstico é clínico. O tratamento pode incluir medicamentos como pregabalina, duloxetina e milnaciprano, além de exercícios físicos, fisioterapia, terapia cognitiva e suporte psicológico.

Importância do diagnóstico correto

Reconhecer as diferenças entre as duas condições é fundamental para evitar tratamentos ineficazes e proporcionar intervenções personalizadas. Na fibromialgia, o foco está no alívio da dor e melhora da função. Na SFC, é essencial respeitar os limites do corpo e adotar estratégias de economia de energia.

Conclusão

Embora compartilhem sintomas como fadiga, dor e sono não restaurador, a síndrome da fadiga crônica e a fibromialgia são condições distintas com causas, manifestações e tratamentos diferentes. Caso esses sintomas persistam, o ideal é buscar avaliação médica para investigação, diagnóstico preciso e cuidados individualizados.