Descubra como a escoliose difere entre crianças e adultos, desde causas e evolução, até opções de tratamento — e saiba por que cada fase exige abordagem especializada.
introdução
a escoliose pode parecer semelhante em crianças e adultos, mas causas, evolução e tratamento são bem distintos. entender essas diferenças é essencial para um diagnóstico preciso e um tratamento eficaz. o Dr. Federico Leite, um dos nossos ortopedistas, esclarece os contrastes entre os dois grupos, destacando as melhores estratégias para cada fase da vida.
escoliose na criança
Principais causas
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Malformações congênitas: erros na formação das vértebras desde o nascimento.
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Doenças neuromusculares: como paralisia cerebral e distrofias musculares, que afetam o controle da coluna.
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Escoliose idiopática: a forma mais comum em jovens — sem causa específica, mas com forte componente genético, geralmente surgindo durante puberdade.
Desenvolvimento
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Progride com rapidez durante surtos de crescimento.
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Coluna mais flexível, oferecendo grande chance de correção com métodos não cirúrgicos.
Tratamento
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Observação para curvas leves.
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Colete ortopédico em casos moderados durante o crescimento.
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Cirurgia reservada para deformidades graves ou que não respondem ao tratamento conservador.
escoliose no adulto
Principais causas
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Continuação da escoliose idiopática juvenil: sem resolução após a adolescência.
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Escoliose degenerativa: aparece entre os 40–50 anos, por desgaste dos discos, articulações e ligamentos, associada a dor e rigidez.
Desenvolvimento
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Coluna menos flexível, com dificuldades de adaptação.
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Frequentemente vem acompanhada de dor lombar, rigidez e sintomas neurológicos como formigamento e fraqueza.
Tratamento
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Fisioterapia e reabilitação focadas em alívio da dor e fortalecimento.
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Medicamentos, como analgésicos, anti-inflamatórios e relaxantes musculares.
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Cirurgia, em casos de deformidade grave, dores intensas ou comprometimento neurológico — procedimento mais complexo em adultos.
tabela comparativa
Aspecto | Criança / Adolescente | Adulto |
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Causas principais | Congênita, neuromuscular, idiopática | Idiopática persistente, degenerativa |
Progressão | Rápida durante o crescimento | Mais lenta, por desgaste natural |
Flexibilidade | Alta | Baixa |
Tratamento inicial | Colete, fisioterapia | Fisioterapia, medicamentos |
Cirurgia | Menos complexa, alta chance de correção | Mais complexa, maior risco de complicações |
resumo
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Infância / adolescência: escoliose geralmente idiopática, com evolução rápida e boa resposta ao tratamento conservador.
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Adulto: escoliose pode persistir da juventude ou surgir por processos degenerativos; aumento da rigidez e maior desafio cirúrgico.
o acompanhamento com um ortopedista é fundamental para definir o melhor caminho, de acordo com cada idade e condição clínica.